No ano de 1500
Os portugueses
chegaram
Nas terras
desconhecidas
Pra eles que
acreditavam
Existir só o seu
mundo
Um erro rude e
profundo
Logo eles
constataram.
Chegaram em caravelas
Na ânsia do explorar
As terras
desconhecidas
Do outro lado do mar
Das grandes
navegações
Vieram as explorações
A face do saquear.
Chegaram colonizando
Os povos que aqui
viviam
Dizendo que pros
nativos
As leis nunca
existiram
“Um povo sem fé, nem
rei
Precisa viver na lei”
Era o que eles
diziam.
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Queriam chegar às
Índias
É o que hoje alegam
No entanto aqui
chegaram
E esse fato nunca
negam
Mesmo que os
holandeses
Assim como os
franceses
Só por pouco não nos
levam.
Primeiro o Pau-Brasil
Trouxe a marca da
rapina.
Esses povos pouco a
pouco
Padeceram na chacina.
Foram escravizados,
mortos
Entre planos sujos,
tortos
Delirante toxina.
Por ser um povo
guerreiro
Não se entregou sem
luta
Foram presos, mas
fugiram
Resistindo a força
bruta
Pelos rios se
libertaram
Nas florestas se
embrenharam
Com força, fé e
labuta.
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Porém não só os
colonos
Perseguiram os
nativos
Também tinham as
irmandades
Que ao invés de
homicídios
Obrigaram esses povos
A viverem ritos novos
Pra cultura um
“genocídio”.
Jesuítas, carmelitas
Capuchinhos,
franciscanos
Eram as tais
irmandades
Que implementaram
planos
De doutrinar o nativo
Deixando ele cativo
Lhes causando grandes
danos.
Alegando que o nativo
Não tinha religião
Fizeram aldeamentos
Pro nativo uma
ilusão.
Porém mesmo sem
correntes
E nem mortes
deprimentes
Padeciam na prisão.
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Nesses tais
aldeamentos
Outra fé lhes
ensinaram
E o culto a floresta
Os católicos negaram
Ensinando a crer em
santos
Sob a face de outros
mantos
Dos ancestrais se
afastaram.
A fé se juntou ao
Estado
Restringindo a
liberdade
Que surge do
livre-arbítrio
Presente na
cristandade.
O sonho da fé do amor
Não pode, por força,
impor
A fé da sua verdade.
E com isso boto um
ponto
Num fato que não
findou
Já que a força
violenta
No Brasil tanto
marcou
Com sangue a nossa
história
Cheia de dor na
memória
Gana que escravizou.
FIM